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O que é Recurso extraordinário criminal?

O recurso extraordinário criminal é um instrumento jurídico previsto na legislação brasileira que permite a revisão de decisões proferidas por tribunais estaduais ou federais em processos criminais. Trata-se de uma forma de garantir a aplicação correta da lei e a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos envolvidos em processos penais.

Como funciona o recurso extraordinário criminal?

O recurso extraordinário criminal é interposto perante o Supremo Tribunal Federal (STF), que é a mais alta instância do Poder Judiciário brasileiro. Ele é utilizado quando há uma questão constitucional a ser discutida, ou seja, quando a decisão do tribunal de origem viola direitos ou princípios fundamentais previstos na Constituição Federal.

Para interpor o recurso extraordinário criminal, é necessário que a parte interessada tenha esgotado todas as instâncias ordinárias, ou seja, tenha recorrido em todas as fases do processo até chegar ao tribunal de segunda instância. Além disso, é preciso demonstrar a existência de uma controvérsia constitucional relevante, ou seja, uma questão que tenha repercussão geral e que possa afetar outros casos semelhantes.

Quais são os requisitos para interpor o recurso extraordinário criminal?

Para interpor o recurso extraordinário criminal, é necessário preencher alguns requisitos estabelecidos pela legislação. Primeiramente, é preciso que a decisão do tribunal de origem tenha sido contrária à Constituição Federal, ou seja, que tenha violado direitos ou princípios fundamentais previstos na Carta Magna.

Além disso, é necessário que a questão constitucional discutida no recurso tenha relevância jurídica e social, ou seja, que possa afetar outros casos semelhantes e que tenha importância para a sociedade como um todo. Essa relevância é avaliada pelo Supremo Tribunal Federal, que decide se irá admitir ou não o recurso extraordinário criminal.

Quais são os efeitos do recurso extraordinário criminal?

O recurso extraordinário criminal possui alguns efeitos importantes no processo penal. Primeiramente, ele tem efeito suspensivo, ou seja, suspende a execução da decisão condenatória até que o STF julgue o mérito do recurso. Isso significa que o réu não poderá ser preso ou sofrer qualquer outra medida restritiva de liberdade enquanto o recurso estiver pendente de julgamento.

Além disso, o recurso extraordinário criminal tem efeito devolutivo, ou seja, devolve ao STF a análise da questão constitucional discutida no recurso. Isso significa que o tribunal de origem não poderá mais se manifestar sobre essa questão, cabendo ao STF decidir se a decisão é ou não constitucional.

Quais são as hipóteses de cabimento do recurso extraordinário criminal?

O recurso extraordinário criminal só pode ser interposto nas hipóteses previstas na Constituição Federal. De acordo com o artigo 102, inciso III, da Constituição, é possível interpor o recurso quando a decisão recorrida contrariar dispositivo da Constituição, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição, ou quando a decisão recorrida der a lei federal interpretação divergente da que lhe tenha sido dada por outro tribunal.

Qual é o prazo para interpor o recurso extraordinário criminal?

O prazo para interpor o recurso extraordinário criminal é de 15 dias, contados a partir da publicação da decisão do tribunal de origem. Esse prazo é contínuo e não se suspende nos finais de semana ou feriados.

É importante ressaltar que a interposição do recurso deve ser feita por meio de petição dirigida ao presidente do tribunal de origem, que deverá encaminhar o recurso ao STF. A petição deve conter as razões do recurso, ou seja, os argumentos que fundamentam a violação constitucional alegada.

Quais são as consequências do não conhecimento do recurso extraordinário criminal?

Se o recurso extraordinário criminal não for conhecido pelo STF, ou seja, se o tribunal decidir não julgar o mérito do recurso, a decisão do tribunal de origem será mantida e não poderá mais ser questionada. Nesse caso, o réu deverá cumprir a pena imposta pela decisão condenatória.

É importante ressaltar que o não conhecimento do recurso extraordinário criminal não impede a interposição de outros recursos, como o habeas corpus ou o recurso especial, desde que preenchidos os requisitos legais para sua interposição.

Quais são as etapas do julgamento do recurso extraordinário criminal?

O julgamento do recurso extraordinário criminal ocorre em diversas etapas. Primeiramente, é feita a análise da admissibilidade do recurso, ou seja, o STF verifica se estão presentes os requisitos para sua interposição, como a relevância jurídica e social da questão constitucional discutida.

Em seguida, é feita a análise do mérito do recurso, ou seja, o STF verifica se a decisão do tribunal de origem violou direitos ou princípios fundamentais previstos na Constituição Federal. Essa análise é feita com base nos argumentos apresentados pelas partes e nas provas constantes nos autos do processo.

Por fim, é proferida a decisão final do STF, que pode confirmar a decisão do tribunal de origem, reformá-la ou anulá-la. Essa decisão é definitiva e não cabe mais recurso, exceto em casos excepcionais previstos na legislação.

Quais são os benefícios do recurso extraordinário criminal?

O recurso extraordinário criminal possui diversos benefícios para as partes envolvidas no processo penal. Primeiramente, ele permite a revisão de decisões proferidas por tribunais de segunda instância, garantindo a aplicação correta da lei e a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos.

Além disso, o recurso extraordinário criminal tem efeito suspensivo, o que significa que o réu não poderá ser preso ou sofrer qualquer outra medida restritiva de liberdade enquanto o recurso estiver pendente de julgamento. Isso garante a presunção de inocência e evita possíveis danos irreparáveis à pessoa do réu.

Por fim, o recurso extraordinário criminal contribui para a uniformização da jurisprudência, ou seja, para que as decisões judiciais sejam mais consistentes e previsíveis. Isso é importante para garantir a segurança jurídica e a igualdade de tratamento perante a lei.

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